QUE INCLUSÃO É ESTA?

Estamos pagando o preço da aprovação automática. Familiares desesperados ao verem seus filhos em séries adiantadas sem saber escrever o seu nome ou de não apresentar o mínimo de racioncínio lógico.

A função da escola é de entregar o menor em grupo diferente, não familiar, iniciando o aprendizado.

As múltiplas diferenças, variados problemas, a desorganização social e a desorganização neurológica formam uma dificuldade no aprendizado como também na conduta dos alunos.

Todo este contexto está estourando nas equipes multidisciplinares que tendam a organização destas crianças na maioria das vezes sem solução.  A procura médica é constante, como se existisse um medicamento para resolver os problemas.  Estamos no meio deste tiroteio que requer esforço de todos nós terapeutas e pais.  Enquanto estamaos buscando soluções surge um novo desafio, a inclusão dos portadores de necessidades especiais.

Os esquemas surgem sem preparo, sem organização.  Os professores estão preparados para este novo desafio?  Alfabetizar um portador não é tarefa fácil, pois não é igual alfabetizar aqueles que apresentam uma defazagem no processo pedagógico.

Temos então 2(duas) populações juntas que agora os profissionais tem que resolver.

O que se espera destas crianças?  O que se espera destes professores?  Que sistema é este?  Não basta boa vontade, a formação deste profissional é longa.  É preciso conhecer profundamente os problemas e trabalhar para resolvê-los.

A neurociência busca soluções, mas quando é que ocorre a integração  de saída com a educação?  Trabalhos Sociais não irão resolver estas questões, apenas tapeia como foi a aprovação automática.

Temos que aproveitar o período de organização neurológica deste menor.  Por isto não podemos abrir mão das equipes multidisciplinares que auxiliam  nesta formação.  Os trabalhos sociais ajudam; é um começo, mas alfebetizar, requer visão diferenciada e de quem entende e quer solucioná-los.  Os caminhos são diferentes e depende de quem detem o poder de saber direcioná-los e não criar esquemas sem fundamento científico.


                                                                                     Antônio Luiz Nunes
                                                                 Médico Neurologista, Psiquiatra,
                                                Fisioterapeuta,  Psicomotricista, Ortoptista.
                                                              Médico do Hospital
Grafee-Guinle
                         Responsável pelo
CRSJ - Centro de Reabilitação São José